Polissonografia: sono de qualidade começa com o diagnóstico certo

Ao longo da minha prática clínica, observo diariamente como a qualidade
do sono impacta diretamente a saúde física, cognitiva e emocional das
pessoas. Distúrbios como insônia, ronco, apneia obstrutiva do sono ou
sonolência diurna excessiva não são apenas incômodos: eles
comprometem memória, concentração, desempenho no trabalho e
aumentam o risco de doenças cardiovasculares.

Para investigar essas alterações, utilizo a polissonografia, exame
considerado o padrão-ouro pela American Academy of Sleep Medicine
(AASM) no diagnóstico dos distúrbios do sono.
Durante uma noite monitorada, registramos parâmetros essenciais:
atividade cerebral, respiração, frequência cardíaca, movimentos oculares e
musculares, além da oxigenação do sangue. Essa análise detalhada nos
permite compreender a arquitetura do sono e identificar de forma precisa
o que está prejudicando o descanso.


A polissonografia é indispensável em casos de:
● Apneia Obstrutiva do Sono, marcada por pausas respiratórias;
● Narcolepsia, com ataques súbitos de sono;
● Distúrbios de Movimento dos Membros, que fragmentam o sono;
● Insônia persistente, quando há necessidade de avaliação objetiva.


Com esses dados em mãos, é possível indicar a conduta mais eficaz para
cada paciente, seja tratamento com CPAP, ajustes comportamentais,
medicações específicas ou outras abordagens.
Dormir bem não é um luxo, mas uma necessidade clínica e científica. E o
primeiro passo para noites reparadoras é um diagnóstico preciso.


— Dra. Soraia de Freitas Hajj.
CRM-MS 9745 • RQE 5507